sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Cora Coralina (1889 - 1985)


Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.



Não sei se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

Qual o verdadeiro valor das coisas em nossas vidas?



"Há quem prefira rave, boate, barzinho.
Há quem prefira cinema, um encontro ou até mesmo ficar sozinho."


É tão gostoso saborear cada segundo que a vida nos oferece. Algumas coisas podem parecer tão simples, mas elas ficam marcadas em nossas vidas para sempre. Não importa se foi uma festa, um chá entre amigos, um filme no cinema, ou até mesmo uma reunião simples em que você senta com alguns amigos e conversa horas... O importanté é sabermos fazer destes "pequenos" momentos algo inesquecível. Particularmente, eu não trocaria o melhor evento de todos os tempos por algo tão divertido e gostoso quanto um encontro em que aquelas pessoas as quais admiro estejam presentes. Independente do local ou da situação, o mais bacana é sabermos viver aquele instante que será único em nossas vidas. Podemos ter várias outras ocasiões semelhantes e com as mesmas pessoas até, mas nenhuma será igual a que já passou. Essa música retrata isso super bem e é impossível ouvirmos e ignorarmos o que ela nos passa. Em minha mente reproduz uma espécie de filme em que as melhores coisas vão passando e me lembrando o quanto a felicidade depende de cada um de nós para existir em nossas vidas. Algumas pessoas podem achar bobagem, mas o motivo que me faz escrever isso é simples: "eu sou muito feliz." Alguém pode pensar assim: "é muita pretensão!" É lógico que todos nós temos oscilações em nossos sentimentos, isso é normal. Mas me considero uma pessoa muito feliz. Ao observar coisas tão simples consigo enxergar o quão grandiosas elas verdadeiramente são e isso me faz tão bem... O meu dia pode ter sido muito ruim, mas se eu olhar nos olhinhos das princesas de minha vida (sobrinhas) e receber um sorriso... Ganhei o dia! Acaba qualquer sentimento ruim ou sensação desagradável que eu possa estar sentindo. Deste modo, como eu posso dizer que não sou feliz? Obrigada, Senhor!



quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O mito de Psiquê



Psique era a mais nova de três filhas de um rei de Mileto e era extremamente bela. Sua beleza era tanta que pessoas de várias regiões iam admirá-la, assombrados, rendendo-lhe homenagens que só eram devidas à própria Afrodite. Profundamente ofendida e enciumada, Afrodite enviou seu filho, Eros, para fazê-la apaixonar-se pelo homem mais feio e vil de toda a terra. Porém, ao ver sua beleza, Eros apaixonou-se profundamente.O pai de Psique, suspeitando que, inadvertidamente, havia ofendido os deuses, resolveu consultar o oráculo de Apolo, pois suas outras filhas encontraram maridos e, no entanto, Psique permanecia sozinha. Através desse oráculo, o próprio Eros ordenou ao rei que enviasse sua filha ao topo de uma solitária montanha, onde seria desposada por uma terrível serpente. A jovem aterrorizada foi levada ao pé do monte e abandonada por seu pesarosos parentes e amigos. Conformada com seu destino, Psique foi tomada por um profundo sono, sendo, então, conduzida pela brisa gentil de Zéfiro a um lindo vale.Quando acordou, caminhou por entre as flores, até chegar a um castelo magnífico. Notou que lá deveria ser a morada de um deus, tal a perfeição que podia ver em cada um dos seus detalhes. Tomando coragem, entrou no deslumbrante palácio, onde todos os seus desejos foram satisfeitos por ajudantes invisíveis, dos quais só podia ouvir a voz. Chegando a escuridão, foi conduzida pelos criados a um quarto de dormir. Certa de ali encontraria finalmente o seu terrível esposo, começou a tremer quando sentiu que alguém entrara no quarto. No entanto, uma voz maravilhosa a acalmou. Logo em seguida, sentiu mãos humanas acariciarem seu corpo. A esse amante misterioso, ela se entregou.. Quando acordou, já havia chegado o dia e seu amante havia desaparecido. Porém essa mesma cena se repetiu por diversas noites. Enquanto isso, suas irmãs continuavam a sua procura, mas seu esposo misterioso a alertou para não responder aos seus chamados. Psique sentindo-se solitária em seu castelo-prisão, implorava ao seu amante para deixá-la ver suas irmãs. Finalmente, ele aceitou, mas impôs a condição que, não importando o que suas irmãs dissessem, ela nunca tentaria conhecer sua verdadeira identidade. Quando suas irmãs entraram no castelo e viram aquela abundância de beleza e maravilhas, foram tomadas de inveja. Notando que o esposo de Psique nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade. Embora advertida por seu esposo, Psique viu a dúvida e a curiosidade tomarem conta de seu ser, aguçadas pelos comentários de suas irmãs. Seu esposo alertou-a que suas irmãs estavam tentando fazer com que ela olhasse seu rosto, mas se assim ela fizesse, ela nunca mais o veria novamente. Além disso, ele contou-lhe que ela estava grávida e se ela conseguisse manter o segredo ele seria divino, porém se ela falhasse, ele seria mortal. Ao receber novamente suas irmãs, Psique contou-lhes que estava grávida, e que sua criança seria de origem divina. Suas irmãs ficaram ainda mais enciumadas com sua situação, pois além de todas aquelas riquezas, ela era a esposa de um lindo deus. Assim, trataram de convencer a jovem a olhar a identidade do esposo, pois se ele estava escondendo seu rosto era porque havia algo de errado com ele. Ele realmente deveria ser uma horrível serpente e não um deus maravilhoso.Assustada com o que suas irmãs disseram, escondeu uma faca e uma lâmpada próximo a sua cama, decidida a conhecer a identidade de seu marido, e se ele fosse realmente um monstro terrível, matá-lo. Ela havia esquecido dos avisos de seu amante, de não dar ouvidos a suas irmãs. A noite, quando Eros descansava ao seu lado, Psique tomou coragem e aproximou a lâmpada do rosto de seu marido, esperando ver uma horrenda criatura. Para sua surpresa, o que viu porém deixou-a maravilhada. Um jovem de extrema beleza estava repousando com tamanha quietude e doçura que ela pensou em tirar a própria vida por haver dele duvidado.Enfeitiçada por sua beleza, demorou-se admirando o deus alado. Não percebeu que havia inclinado de tal maneira a lâmpada que uma gota de óleo quente caiu sobre o ombro direito de Eros, acordando-o. Eros olhou-a assustado, e voou pela janela do quarto, dizendo:- "Tola Psique! É assim que retribuis meu amor? Depois de haver desobedecido as ordens de minha mãe e te tornado minha esposa, tu me julgavas um monstro e estavas disposta a cortar minha cabeça? Vai. Volta para junto de tuas irmãs, cujos conselhos pareces preferir aos meus. Não lhe imponho outro castigo, além de deixar-te para sempre. O amor não pode conviver com a suspeita." Quando se recompôs, notou que o lindo castelo a sua volta desaparecera, e que se encontrava bem próxima da casa de seus pais. Psique ficou inconsolável. Tentou suicidar-se atirando-se em um rio próximo, mas suas águas a trouxeram gentilmente para sua margem. Foi então alertada por Pan para esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros.Por sua vez, quando suas irmãs souberam do acontecido, fingiram pesar, mas partiram então para o topo da montanha, pensando em conquistar o amor de Eros. Lá chegando, chamaram o vento Zéfiro, para que as sustentasse no ar e as levasse até Eros. Mas, Zéfiro desta vez não as ergueram no céu, e elas caíram no despenhadeiro, morrendo. Psique, resolvida a reconquistar a confiança de Eros, saiu a sua procura por todos os lugares da terra, dia e noite, até que chegou a um templo no alto de uma montanha. Com esperança de lá encontrar o amado, entrou no templo e viu uma grande bagunça de grãos de trigo e cevada, ancinhos e foices espalhados por todo o recinto. Convencida que não devia negligenciar o culto a nenhuma divindade, pôs-se a arrumar aquela desordem, colocando cada coisa em seu lugar. Deméter, para quem aquele templo era destinado, ficou profundamente grata e disse-lhe:- "Ó Psique, embora não possa livrá-la da ira de Afrodite, posso ensiná-la a fazê-lo com suas próprias forças: vá ao seu templo e renda a ela as homenagens que ela, como deusa, merece."Afrodite, ao recebê-la em seu templo, não esconde sua raiva. Afinal, por aquela reles mortal seu filho havia desobedecido suas ordens e agora ele se encontrava em um leito, recuperando-se da ferida por ela causada. Como condição para o seu perdão, a deusa impôs uma série de tarefas que deveria realizar, tarefas tão difíceis que poderiam causar sua morte. Primeiramente, deveria, antes do anoitecer, separar uma grande quantidade de grãos misturados de trigo, aveia, cevada, feijões e lentilhas. Psique ficou assustada diante de tanto trabalho, porém uma formiga que estava próxima, ficou comovida com a tristeza da jovem e convocou seu exército a isolar cada uma das qualidades de grão.Como 2ª tarefa, Afrodite ordenou que fosse até as margens de um rio onde ovelhas de lã dourada pastavam e trouxesse um pouco da lã de cada carneiro. Psique estava disposta a cruzar o rio quando ouviu um junco dizer que não atravessasse as águas do rio até que os carneiros se pusessem a descansar sob o sol quente, quando ela poderia aproveitar e cortar sua lã. De outro modo, seria atacada e morta pelos carneiros. Assim feito, Psique esperou até o sol ficar bem alto no horizonte, atravessou o rio e levou a Afrodite uma grande quantidade de lã dourada.Sua 3ª tarefa seria subir ao topo de uma alta montanha e trazer para Afrodite uma jarra cheia com um pouco da água escura que jorrava de seu cume. Dentre os perigos que Psique enfrentou, estava um dragão que guardava a fonte. Ela foi ajudada nessa tarefa por uma grande águia, que voou baixo próximo a fonte e encheu a jarra com a negra água. Irada com o sucesso da jovem, Afrodite planejou uma última, porém fatal, tarefa. Psique deveria descer ao mundo inferior e pedir a Perséfone, que lhe desse um pouco de sua própria beleza, que deveria guardar em uma caixa. Desesperada, subiu ao topo de uma elevada torre e quis atirar-se, para assim poder alcançar o mundo subterrâneo. A torre porém murmurou instruções de como entrar em uma particular caverna para alcançar o reino de Hades. Ensinou-lhe ainda como driblar os diversos perigos da jornada, como passar pelo cão Cérbero e deu-lhe uma moeda para pagar a Caronte pela travessia do rio Estige, advertindo-a:- "Quando Perséfone lhe der a caixa com sua beleza, toma o cuidado, maior que todas as outras coisas, de não olhar dentro da caixa, pois a beleza dos deuses não cabe a olhos mortais." Seguindo essas palavras, conseguiu chegar até Perséfone, que estava sentada imponente em seu trono e recebeu dela a caixa com o precioso tesouro. Tomada porém pela curiosidade em seu retorno, abriu a caixa para espiar. Ao invés de beleza havia apenas um sono terrível que dela se apossou.Eros, curado de sua ferida, voou ao socorro de Psique e conseguiu colocar o sono novamente na caixa, salvando-a.Lembrou-lhe novamente que sua curiosidade havia novamente sido sua grande falta, mas que agora podia apresentar-se à Afrodite e cumprir a tarefa. Enquanto isso, Eros foi ao encontro de Zeus e implorou a ele que apaziguasse a ira de Afrodite e ratificasse o seu casamento com Psique. Atendendo seu pedido, o grande deus do Olimpo ordenou que Hermes conduzisse a jovem à assembléia dos deuses e a ela foi oferecida uma taça de ambrosia. Então com toda a cerimônia, Eros casou-se com Psique, e no devido tempo nasceu seu filho, chamado Voluptas (Prazer).

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Uma verdadeira caixa cheia de mistérios...




Quanto mais o tempo passa mais me conformo em não conseguir entender certas pessoas que passam por nossas vidas ou até mesmo pessoas que ainda continuam fazendo parte delas. O ser humano realmente é cheio de complexidade e quem somos nós para tentarmos desvendar os seus mistérios ou até mesmo tentar entendê-los? Devemos ser cautelosos e selecionarmos bem quais pessoas realmente devem ou não continuar fazendo parte de nossas vidas, pois algumas pessoas realmente têm o dom de serem "desagradáveis" devido aos seus problemas interiores. Cada ser humano deveria se conscientizar melhor de que nada gira em torno de sua vida, que ele ou aquele tem o mesmo valor diante do Supremo.

domingo, 25 de outubro de 2009

No more words...


É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
(Metal contra as nuvens - Parte III - Legião Urbana)

sábado, 24 de outubro de 2009

Bons momentos...

"Um dos momentos mais especiais da minha vida me leva até esta música. Isso tem por volta de uns oito anos e não me sai da cabeça momentos tão especiais e verdadeiros que jamais voltarão e que por mais que eu viva outros momentos semelhantes a estes, nenhum terá um valor tão especial. Ao contrário do que muitos vão pensar, a música não tem nada a ver com um momento de paixão, mas sim uma grande amizade que dura há uns dez anos e por mais distante que estejamos uma da outra, jamais estivemos verdadeiramente ausentes. Já tive muitos outros amigos que pensei que durariam muitos anos, no entanto, as pessoas mudam, todos nós mudamos e quando percebemos, algumas coisas realmente ficam para trás e por mais que a gente insista, não tem como retomar. Uma grande pena! Mas .... é a vida."


Não é fácil ( Composição: Marisa Monte/Arnaldo Antunes/Carlinhos Brown)

Não é fácil não pensar em você
Não é fácil
É estranho não te contar meus planos, não te encontrar
Todo dia de manhã enquanto tomo meu café amargo

É, ainda boto fé de um dia te ter ao meu lado
Na verdade eu preciso aprender

Não é fácil, não é fácil
Onde você anda? Onde está você?

Toda vez que saio me preparo pra talvez te ver
Na verdade eu preciso esquecer

Não é fácil, não é fácil
O que eu faço? O que posso fazer?

Não é fácil, não é fácil
Se você quisesse ia ser tão legal

Acho que eu seria mais feliz do que qualquer mortal
Na verdade não consigo esquecer.

Não é fácil! É estranho.


Preparação do Rio para as Olimpiadas.


Isn't it ironic? Don't you think?

An old man turned ninety-eight he won the lottery and died the next day

It's a black fly in your Chardonnay
It's a death row pardon two minutes too late
Isn't it ironic... don't you think?
It's like rain on your wedding day

It's a free ride when you've already paid
It's the good advice that you just didn't take
And who would've thought... it figures
Mr. Play It Safe was afraid to fly

He packed his suitcase and kissed his kids good-bye
He waited his whole damn life to take that flight and as the plane crashed down he thought "Well, isn't this nice."And isn't it ironic ... don't you think?
It's like rain on your wedding day

It's a free ride when you've already paid
It's the good advice that you just didn't take and who would've thought... it figures
Well life has a funny way of sneaking up on you

When you think everything's okay and everything's going right
And life has a funny way of helping you out when you think everything's gone wrong and everthing blows up in your face
A traffic jam when you're already late
A no-smoking sign on your cigarette break
It's like ten thousand spoons when all you need is a knife
It's meeting the man of my dreams and then meeting his beautiful wife
And isn't it ironic... don't you think?
A little too ironic.. and yeah I really do think...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei - Paulo Coelho (1994)


"É preciso correr riscos, dizia ele. Só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça. Todos os dias Deus nos dá – junto com o sol – um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. Todos os dias procuramos fingir que não percebemos este momento, que ele não existe, que hoje é igual a ontem e será igual a amanhã. Mas, quem presta atenção ao seu dia, descobre o instante mágico. Ele pode estar escondido na hora em que enfiamos a chave na porta pela manhã, no instante de silêncio logo após o jantar, nas mil e uma coisas que nos parecem iguais. Este momento existe – um momento em que toda a força das estrelas passa por nós, e nos permite fazer milagres. A felicidade às vezes é uma bênção – mas geralmente é uma conquista. O instante mágico do dia nos ajuda a mudar, nos faz ir em busca de nossos sonhos. Vamos sofrer, vamos ter momentos difíceis, vamos enfrentar muitas desilusões – mas tudo é passageiro, e não deixa marcas. E, no futuro, podemos olhar para trás com orgulho e fé. Pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar para trás – porque sempre olhamos para trás – vai escutar seu coração dizendo: "O que fizeste com os milagres que Deus semeou por teus dias? O que fizeste com os talentos que teu Mestre te confiou? Enterraste fundo em uma cova, porque tinhas medo de perdê-los. Então, esta é a tua herança: a certeza de que desperdiçaste tua vida. Pobre de quem escuta estas palavras. Porque então acreditará em milagres, mas os instantes mágicos da vida já terão passado."